Outro dia, ao voltar para casa depois de um longo e
cansativo dia de trabalho, tive a sorte de embarcar em um ônibus lotado. Assim
que coloquei o pé no primeiro degrau, avistei um sábio filósofo coletivo
sentado atrás do banco do motorista. Cara bacana, com uma visão futurística, um
verdadeiro analista de plantão, distribuindo consultas gratuitas no transporte
público, que em certos momentos pensei que fosse cair do seu banco, pois esse
ficava balançando o corpo para os lados como se estivesse equilibrando o
próprio corpo, transpirando um odor de algum tipo de bebida destilada, mas que
por hora não vem ao caso.
Então me acomodei em meio aquela zorra, chamada:
transporte público. Enquanto fazia uma psicanalise coletiva com aquele homem, sobre,
o papel das novas tecnologias, como ferramentas de comunicação nas recentes
ondas de protestos no Brasil. Levantando questões, como: qual o poder de
um celular ou um tablet na hora de comunicar-se com o mundo, ou até mesmo
nas mãos de uma criança? Será que essas inovações tecnológicas ajudam a criar um
país melhor? Talvez, mas realmente essas inúmeras maneiras de nos mantermos
conectados e ao mesmo tempo afastados, foram produtivas em meio às
reivindicações políticas?
Já que, tantas formas de comunicação quando usadas corretamente,
refletem bons resultados. Porém, se utilizadas para encobrir nossos
sofrimentos, através de piadas sobre a própria situação política e econômica de
uma nação, com toda essa sucessão de recursos ao nosso
dispor, não passam de processos psíquicos denominados chistes, ou seja, uma
válvula de escape do inconsciente. Bem como, utilizar o humor
e a ironia no dia-a-dia para deixar o cotidiano mais leve e a realidade mais
tolerável. Transformando essa enorme gama de conhecimento, em mera distração.
Segundo nosso filósofo, nem Freud conseguiria
analisar toda essa situação, que envolve tanto conhecimento e evolução
tecnológica, com apenas uma consulta. Ainda mais em um divã tão apertado e
desconfortável como o banco desse ônibus.
É meus amigos, na próxima parada eu desço! Mas
espero encontrar esse sábio filósofo coletivo, por aqui semana que vem. Pois
preciso de mais algumas analises, para aprender a melhor maneira de utilizar
tanta tecnologia em prol de um mundo melhor!
Talvez você também precise de algumas analises! Encontramos-nos
na próxima sessão?
RICARDO TORQUATO
Graduando em
Educação Física – Licenciatura, ULBRA Gravataí.
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