domingo, 11 de agosto de 2013

PSICANALISE COLETIVA

Outro dia, ao voltar para casa depois de um longo e cansativo dia de trabalho, tive a sorte de embarcar em um ônibus lotado. Assim que coloquei o pé no primeiro degrau, avistei um sábio filósofo coletivo sentado atrás do banco do motorista. Cara bacana, com uma visão futurística, um verdadeiro analista de plantão, distribuindo consultas gratuitas no transporte público, que em certos momentos pensei que fosse cair do seu banco, pois esse ficava balançando o corpo para os lados como se estivesse equilibrando o próprio corpo, transpirando um odor de algum tipo de bebida destilada, mas que por hora não vem ao caso.
Então me acomodei em meio aquela zorra, chamada: transporte público. Enquanto fazia uma psicanalise coletiva com aquele homem, sobre, o papel das novas tecnologias, como ferramentas de comunicação nas recentes ondas de protestos no Brasil. Levantando questões, como: qual o poder de um celular ou um tablet na hora de comunicar-se com o mundo, ou até mesmo nas mãos de uma criança? Será que essas inovações tecnológicas ajudam a criar um país melhor? Talvez, mas realmente essas inúmeras maneiras de nos mantermos conectados e ao mesmo tempo afastados, foram produtivas em meio às reivindicações políticas?
Já que, tantas formas de comunicação quando usadas corretamente, refletem bons resultados. Porém, se utilizadas para encobrir nossos sofrimentos, através de piadas sobre a própria situação política e econômica de uma nação, com toda essa sucessão de recursos ao nosso dispor, não passam de processos psíquicos denominados chistes, ou seja, uma válvula de escape do inconsciente. Bem como, utilizar o humor e a ironia no dia-a-dia para deixar o cotidiano mais leve e a realidade mais tolerável. Transformando essa enorme gama de conhecimento, em mera distração.
Segundo nosso filósofo, nem Freud conseguiria analisar toda essa situação, que envolve tanto conhecimento e evolução tecnológica, com apenas uma consulta. Ainda mais em um divã tão apertado e desconfortável como o banco desse ônibus.
É meus amigos, na próxima parada eu desço! Mas espero encontrar esse sábio filósofo coletivo, por aqui semana que vem. Pois preciso de mais algumas analises, para aprender a melhor maneira de utilizar tanta tecnologia em prol de um mundo melhor!
Talvez você também precise de algumas analises! Encontramos-nos na próxima sessão?


   RICARDO TORQUATO

Graduando em Educação Física – Licenciatura, ULBRA Gravataí.

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