segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ENADE ainda gera críticas de alunos e professores


Acadêmicos dos cursos de Licenciatura, Pedagogia e Ciências da Computação que fizeram a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) neste domingo 06/11/11 mostraram que, mesmo depois de sete anos de tradição, a aplicação da prova ainda divide opiniões. 

Nesta edição, 376 mil universitários que estão em fase de conclusão de curso foram convocados para o exame, que é condição obrigatória para a retirada dos diplomas, no curso de Educação Física da ULBRA Gravataí foram 28 colegas convocados, com a presença confirmada de 26, todos na Escola Estadual Morada do Vale I (CIEP) em Gravataí.
Ouvindo as falas dos acadêmicos, maior crítica é a suposta ineficiência de um único exame, com 40 questões, para avaliar o conteúdo de um curso que leva anos para ser concluído. 

Apesar de críticas à metodologia da prova - perguntas grandes, foco em algumas áreas do conhecimento em detrimento de outras - o exame também tem pontos favoráveis:
Ao contrário do que muitos dizem, não acho que o ENADE é só para a avaliar os conhecimentos absorvidos na universidade. Também serve de preparação para outras provas, como as de concursos, e também serve de estudo para participar de outros tipos de seleção.”, comentou o professor Luciano Dornelles, coordenador do curso de Educação Física ULBRA Gravataí. Presente no local do exame desde às 10h, viu toda a movimentação de chegada dos fiscais, após dos colegas professores e coordenadores de outros cursos e por fim dos acadêmicos, que chegaram entre as 12h e as 13h.

Mas o ponto mais polêmico é a obrigatoriedade do exame, já que muitos acadêmicos vão fazer a prova apenas para garantir o diploma e não levam a avaliação a sério. “Na minha sala, várias pessoas entregaram a prova 15 minutos depois de ter começado. Era melhor que só fosse quem realmente quer ser avaliado”, disse uma das professoras que ficaram do lado de fora da escola. Outra fala recorrente dos acadêmicos é a de que não fariam a prova se não fosse obrigatória. “Hoje dizem que o ENADE serve para avaliar os cursos, mas quando não tinha ENADE de alguma forma a faculdade era analisada." Acadêmica do curso de Pedagogia da ULBRA Gravataí.

A presença dos professores e coordenadores dos cursos foi um dos únicos fatores de motivação para que os acadêmicos fizessem a prova com alegria, inclusive com alguns coordenadores trazendo canetas e lápis para os esquecidos de plantão além de garrafinhas de água para aplacar o forte calor de 32° que chegou a fazer durante a tarde. 

Fica uma sugestão de professores e acadêmicos para o futuro deste exame, que seja aplicado ao longo do curso, ou que, pelo menos, a mesma turma realizasse a prova quando entra e quando sai do curso de graduação. 

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