Voltei pro meu lugar.
Aqui o mundo é todo meu.
Pra correr e pra pular.
Respirando o mesmo ar
Reciclado de outros pulmões.
Parece um bando de alazões,
Querendo se soltar.
E mudo, enoseio a guela.
Num balançar de cabeça.
Peço que da mágoa me esqueça,
Pra não parecer sequela.
Voltei pro meu lugar.
De onde nunca saí.
Meu corpo sempre aqui
E eu a viajar.
Voltei pro meu lugar.
Pois tudo nasce, cresce, morre.
Vive-se só, todos os momentos.
Tendo com os outros compartilhamento,
De minutos, meses e horas.
Mas se vivo alegre e solto,
Sei que existe tristeza.
Faz parte da natureza,
A viagem e o cais do porto.
O que é tudo isso agora?
Pergunto, penso, repico.
Se mostra em véus o destino.
Que num grito me diz... acorda!
Fernanda Estevão
Licenciada em Educação Física
ULBRA Gravataí
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