sábado, 27 de julho de 2013

A LEITURA SE CONSTRÓI NA RELAÇÃO ENTRE O LEITOR E O TEXTO


A ideia de leitura que o poema de Ricardo Azevedo traz fica presa à palavra escrita?
O poema sugere a leitura de elementos da natureza, de pessoas, de espaços, de situações. O conceito de leitura, portanto, parece não ter contornos muito claros, pois no texto essa atividade é tida como de decifração múltipla, que não passa necessariamente pela palavra escrita.
Para o pedagogo Paulo Freire, a leitura do mundo é anterior à leitura da palavra escrita. Então, para ler textos não se pode abrir mão de ler o mundo. Ao relembrar como foi se apropriando, na infância, dos elementos à sua volta, inicialmente pela percepção e depois pela mediação da palavra escrita, Paulo Freire ressalta que linguagem e realidade se prendem dinamicamente.
“A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de minha mãe –, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como mundo de minhas primeiras leituras.
Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto – em que a percepção me experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber – se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles, nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.”
(FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, 1991)
Essa concepção do que seja o ato de ler, que pressupõe não apenas a palavra escrita, mas também a leitura de tudo o que está ao redor, remete à definição de leitura defendida por Maria Helena Martins, autora gaúcha que dialoga com Paulo Freire.
Para ela, a leitura se estabelece por meio de qualquer tipo de linguagem, e busca levar a compreender “expressões formais e simbólicas”. Ler não diz respeito apenas à escrita, mas também a outras formas de expressão humana. É algo, portanto, construído historicamente na relação entre o leitor e aquilo
que ele lê.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Que linda aula de leitura! Deleite para a mente!!!

A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.
Poema extraído do livro:
AZEVEDO, Ricardo. Dezenove
poemas desengonçados.
São Paulo: Ática,1999.

E para você? O que é leitura??

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O JEITO MANDELA DE VIVER

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. A frase de Nelson Rolihlahla Mandela, nascido em 18 de julho 1918, na África do Sul, resume sua existência. Desde jovem, influenciado pelos exemplos de seu pai e outras pessoas marcantes na sua infância e juventude, Mandela dedicou sua vida à luta contra a discriminação racial e as injustiças contra a população negra.
A história deste homem de 95 anos, que tanto lutou em prol da humanidade, foi marcada por sua constante resiliência diante de todas as adversidades impostas ao longo de sua vida. Foi sua constância que o tornou um ícone de ideal e justiça mundial. Seu exemplo nos faz refletir sobre quantas pessoas conhecemos com tal capacidade de enfrentar inúmeras barreiras, que se mantêm firmes em seus ideais, pensando sempre no bem-estar do próximo. É, ser tão altruísta assim, requer muita compaixão e convicção em seus conceitos de vida!
Mas somente um Mandela passa 27 anos encarcerado por lutar pelos direitos de igualdade racial, e consegue perseverar para guiar uma nação inteira, rumo ao caminho da paz, justiça, amor e lealdade entre os seres humanos. Hoje, aos 95 anos, este homem de façanhas incríveis depara-se com um dos momentos de maior tensão em sua vida. Pois esse verdadeiro herói enfrenta a sua mais crítica situação de saúde.
Contudo, seu exemplo continuará nos ensinando a lição mais bonita desta vida, através de todo seu altruísmo, perseverança, força, amor ao próximo e resiliência para enfrentar os mais adversos obstáculos. Porque esse é o jeito Mandela de viver!

RICARDO TORQUATO
Graduando em Educação Física – Licenciatura, ULBRA Gravataí.

domingo, 21 de julho de 2013

A história da educação infantil


A partir do século 18
Revolução industrial traz mudanças sociais e econômicas que começam na Inglaterra. Mulheres deixam os cuidados de casa por um período do dia para entrarem no mercado de trabalho. Começam as pressões para poder público garantir um lugar para os filhos dessas mulheres ficarem.
Até 1920
Instituições tinham um caráter exclusivamente filantrópico.
1930
Começam a surgir no Brasil as primeiras creches e jardins de infância de maneira desordenada. A preocupação era com a higiene e a educação física. Órgãos foram criados voltados à assistência infantil.
1940
Departamento Nacional da Criança criado no Brasil para atividades dirigidas à infância, maternidade e adolescência, sendo administrado pelo Ministério da Saúde
1960
Departamento Nacional da Criança transfere algumas de suas responsabilidades para outros setores, prevalecendo o caráter médico-assistencialista, enfocando suas ações em reduzir a mortalidade materna e infantil.
1970
Promulgação da Lei nº 5.692, de 1971, além de fazer referência à educação infantil em escolas maternais e jardins de infância, ela diz que empresas particulares, as quais têm mulheres com filhos menores de sete anos, ofertem atendimento às crianças, podendo ser auxiliadas pelo poder público.
1988
Constituição Federal, menciona o direito das crianças à educação infantil
1996
Lei de Diretrizes e Bases: define a Educação Infantil como "primeira etapa da educação básica" (artigo 29).
2001
Plano Nacional de Educação determina a ampliação de oferta de educação infantil para atender, em cinco anos, 30% da população de até 3 anos e 60% da população de 4 e 6 anos (ou 4 e 5 anos). Para o final da década, deveria ser alcançada a meta de 50% das crianças de até 3 anos e 80%, de 4 e 5 anos.
2009
Matrícula de crianças com seis anos torna-se obrigatória no ensino fundamental, que passa a ter nove anos
2013
Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, determina que os pais ou responsáveis matriculem na educação básica as crianças a partir dos quatro anos
Fonte: Diario Catarinense 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O QUE REALMENTE IMPORTA?


Ultimamente tenho feito tanto esforço para concluir o ensino superior e realizar um sonho que sustento desde menino, como se existisse somente esta fonte de alegria no mundo. Tornando essa ideia, cada vez mais autossustentável na busca dos meus objetivos. Porém, gerando muito medo, através dessa batalha para obter o tão sonhado diploma do nível superior. Já que, muitas vezes esqueço-me de olhar ao meu redor para ser feliz.
Mas o qual seria o diagnóstico do Analista de Bagé, para tal sofrimento? Acredito que ele me mandaria deitar em seu divã e logo diria: - Piá, não se moleste, pois um dia tudo isso passa e olhe pro lado vivente, esquece o caroço da questã, porque nesse exato momento existe muita gente, com frio e com fome. Então levanta tua cabeça e segue tua luta e descubra o que realmente importa na vida. Ou te dou um manetaço!
Segundo Augusto Cury: não devemos ter medo da vida, mas sim de não vivê-la. E que não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Pois só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcança-lo, já que, as lágrimas irrigam a sabedoria. No entanto, não é nada fácil lidar com: sete, longos, anos sonhando com o dia da tão desejada colação de grau. Outrora, um sábio amigo falou-me: - Não fique triste, se não for neste semestre, será no próximo!
Portanto, o que realmente importa na vida, são os sonhos!
E como diria o Analista de Bagé: - Tchê! Salta dai e corra atrás deles!


Ricardo Torquato                                                                                                 Graduando em Educação Física – Licenciatura, ULBRA Gravataí.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL



 A chegada da Educação Física no Brasil, em 1810 foi marcada por uma falta de identidade e desvalorização desde o início de sua criação em nosso país. Pois era exigido somente o curso secundário para prestar vestibular, e o curso tinha duração de apenas dois anos.
Veja você, o quanto era menosprezado o profissional da educação e saúde. Isso foi uma forma de manter a ideia do SENAI, que era apenas desenvolver a saúde e as habilidades do profissional de Educação Física, para a indústria.
Só em 1945 começou a ser exigido certificado escolar de conclusão do curso clássico ou cientifico o atual ensino médio, para prestar o vestibular e o curso de Educação Física passou a ter duração de três anos. O que foi uma melhora. Porém em relação a outras profissões o educador físico, muitas vezes é visto somente, como: a pessoa que joga bola com seus alunos, fato esse muito triste.
Muitas vezes, parece que: a discriminação com a nossa profissão sempre existirá, mas de formas diferentes. E as mudanças nos tipos de discriminações acontecerão conforme a época.
Mesmo assim, estaremos firmes e fortes na batalha, fazendo a diferença. Escrevendo, pesquisando e estudando muito. Pois dessa forma, continuaremos representando a resistência: atributos de uma sociedade livre e inteligente.






                                                         RICARDO TORQUATO
Graduando em Educação Física – Licenciatura, ULBRA Gravataí.