Acessibilidade é presença constante
na Universidade
Com
o foco voltado ao ensino, a ULBRA tem procurado desenvolver políticas pedagógicas
que contribuam para que seus alunos tenham pleno aprendizado dos conteúdos
ministrados nos diversos os cursos oferecidos. A Universidade tem desenvolvido
ações que visam à inclusão de pessoas com deficiência. Dentro deste propósito,
existe o Programa Permanente de Acessibilidade (PPA).
A
disciplina de comunicação e expressão que é realizada todas as segundas-feiras
à noite, na sala 6 do prédio 1, no campus Canoas, conta com a presença de
quatro alunos surdos acompanhados da tradutora intérprete de libras, mais um
aluno cego com sua ledora e uma aluna com Síndrome de Down. Os conteúdos
didáticos são ministrados pelo professor Almir Mendes. Para que os ensinamentos
sejam compreendidos por todos, é necessário fazer uma adaptação no trabalho
pedagógico, salienta o docente. “A metodologia e a atividade são
diferentes e têm que ser adequadas as necessidades desses alunos, inclusive o
ritmo é menos acelerado. Entretanto, apesar das dificuldades, os estudantes com
deficiência possuem um interesse muito grande em aprender, além de serem muito
dedicados. Eles conseguem com sucesso atingir os objetivos propostos”,
enfatizou Almir.
O
professor destacou ainda que suas atribuições, em sala de aula, são facilitadas
pela atuação da tradutora intérprete de libras, que faz a mediação da
comunicação entre os alunos surdos/professor e vice versa, assim como a
mediação dos alunos surdos com seus colegas ouvintes, a ledora que acompanha o
aluno cego faz a leitura do material para o aluno e fornece apoio pedagógico quando
necessário para a realização das tarefas propostas. Quem desempenha a função de
tradutora intérprete de libras é Dayse Bonifácio, que possui curso de
interprete de libras e formação na área de surdez. “Meu trabalho de
interpretação é mediar à comunicação entre o aluno surdo e o professor. Entendo
que um docente atento as necessidades dos alunos, acaba contribuindo bastante
no desenvolvimento deles”, destacou Dayse, que atua na ULBRA, na mesma
atividade há três anos.
Para
Elias Machado Paris, estudante surdo do curso de Ciência de Computação da
Universidade, em sala de aula, o intérprete de libras atua como um facilitador
na compreensão dos conteúdos. “Sem esse profissional não conseguiríamos
entender o que está sendo ensinado”, destacou Elias, com a tradução oral
de Dayse.
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