quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Não espere um sorriso, para ser gentil...



Não espere um sorriso, para ser gentil...
Não espere ser amado, para amar...
Não espere ficar sozinho, para reconhecer,
o valor de quem está ao seu lado...
Não espere ficar de luto, para reconhecer,
quem hoje é importante em sua vida...
Não espere a pessoa perfeita, para então se apaixonar...
Não espere a mágoa, para pedir perdão...
Não espere a dor, para acreditar em oração...
Não espere elogios, para acreditar em si mesmo...
Não espere ter tempo, para servir...
Não espere que o outro tome a iniciativa,
se você foi o culpado...
Não espere o “EU TAMBÉM”,
para dizer “EU TE AMO”...
Não espere ter dinheiro aos montes,
para contribuir...
Não espere o dia da sua morte,
sem antes AMAR A VIDA!!!

Comunidade Espírita Crista Amigos de Chico Xavier

Contribuição da Colega Graziela Fraga

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Serene a mente

“Deixe serenar a sua mente, filho”, disse o Velho ao rapaz cheio de angústias motivadas por incertezas. E o jovem respondeu: “Não sei qual rumo tomar, tenho dúvidas, tenho medo”. O Velho calmo, depois de longo silêncio, respondeu: “No seu caso, a dúvida é mais funesta que a pior escolha”. O jovem ficou pensativo e depois respondeu: “Disseram-me assim: em caso de dúvida, não faça nada, daí sinto-me paralisado”. O Velho sorriu e acrescentou: “Por isso no teu caso a dúvida é funesta. Você não deve paralisar a sua vida”. Angustiado, o rapaz perguntou: “Tenho medo de sofrer, de fazer escolhas erradas, não sei o que fazer”. O Velho disse: “Você já está sofrendo por antecipação. Medo de sofrer adiante já é sofrer agora. Certo e errado são concepções dos estágios iniciais de evolução da mente humana. Existem apenas a Manifestação, que é a pessoa manifestada neste mundo, a Experimentação e a Experiência daí decorrentes, sejam elas agradáveis ou desagradáveis. Vá, tome o rumo que for, mas não fique paralisado no medo. Embora o medo nos sirva como instrumento de preservação e prevenção, devemos vencer a paralisia que nos aprisiona nas angústias e na depressão. Então, respire, relaxe, olhe o que você tem de bom, agradeça, ore e viva o agora. Mas, por favor, vá com tudo e passe por cima do medo e das angústias. Esta já será a sua melhor escolha: serenar a mente.

Contribuição da colega Flávia Ern

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Egresso da Educação Física ULBRA Gravataí fica em 4º lugar no Concurso Internacional de Crônicas!!!


Nesta semana foi divulgado o resultado do Concurso Internacional de Crônicas, do qual participou nosso colega Ricardo Amando Torquato. Para felicidade de todos o resultado foi muito positivo: 4º lugar no geral entre mais de mil inscritos de países de língua portuguesa.

Todos os colegas e professores parabenizam o Ricardo pela façanha, e que trilhe muitos caminhos mais da educação física e da literatura!

Luciano do Amaral Dornelles
Coordenador Educação Física
ULBRA Gravataí

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

MONITOR OU PROFESSOR?


Ao me deparar com um velho discurso politicamente correto ou incorreto, quem vai saber, sobre a irônica discussão, que cria muitas vezes um grande dilema: ser monitor ou ser professor?
Mas como um insight, despertei para a maior ideia de minha vida. Foi então, que resolvi consultar o famoso Dicionário de Língua Portuguesa. E, logo, acabar com aquele terrível tic-tac, que revirava meus pensamentos. Eis que, ao consultá-lo, todas as duvidas criadas por aqueles tais discursos um tanto quanto demagogos, acabaram dissolvendo-se como num passe de mágica.
Sem mais protelas, segue os significados e o que diferencia professor de monitor:
Significado de Monitor:
1. Aquele que dá conselhos, lições, etc. 2. Pessoa encarregada do ensino e da prática de certos esportes. 3. Pessoa que orienta ou toma conta de um grupo de crianças ou de alunos. 4. Aluno encarregado de uma seção de alunos de classe inferior à sua. 5. Aparelho receptor de um sistema de televisão em circuito fechado. 6. Ecrã de visualização associado a um computador. 7. Programa de controle que permite assegurar a execução de vários programas que não têm qualquer ligação entre si. 8. Aparelho, dotado geralmente de ecrã, destinado a verificar a qualidade de um sistema, por exemplo, de som ou de imagem. 9. Aparelho eletrônico que permite o registro permanente dos fenômenos fisiológicos e desencadeia um alarme no momento de perturbações, utilizado sobretudo na reanimação e nas unidades de cuidados intensivos. 10. Espécie de navio de guerra de pequeno calado. 11. Gênero de répteis sáurios.
Significado de Professor:
1. Aquele que ensina uma arte, uma atividade, uma ciência, uma língua, etc. 2. Pessoa que ensina em escola, universidade ou noutro estabelecimento de ensino. 3. Executante de uma orquestra de primeira ordem. 4. Aquele que professa publicamente as verdades religiosas. 5. Entendido, perito. 6. Que ensina. 7. professor livre: o que ensina sem estipêndio do governo.
Por tanto meus amigos! Vamos nos valorizar, pois não somos monitores, e sim professores!

Ricardo Torquato
Licenciado em Educação Física – ULBRA Gravataí

terça-feira, 28 de outubro de 2014

"O cão"

"Se perguntassem a Deus o porquê de toda aquela desgraça, talvez Ele dissesse que cada homem tem seu livre arbítrio, tem o direito de fazer aquilo que deseja, sendo certo ou errado. Mas caso as escolhas não tivessem sido boas, nada poderia ser feito. Ele também não tinha como abraçar o mundo."
[...]
"Se perguntassem ao Diabo o porquê de toda aquela desgraça, talvez ele respondesse algo parecido com o que poderia ter dito Deus. Talvez ele dissesse que cada homem tem seu livre arbítrio, tem o direito de fazer aquilo que deseja, mesmo sendo certo ou errado. E, caso as escolhas não tivessem sido boas, nada poderia ser feito. Porém, talvez o Diabo falasse também sobre Antônia, sobre seu sonho.
Talvez dissesse que ela não estava tão errada assim.
Talvez dissesse que havia lugares que Deus nem se lembrava existir.
Nem saiba mais o caminho.
Lugares distantes como aquele eram deixados para o Diabo mesmo.
Para que ele não infernizasse os demais.
– Os lugares que Deus esquece – poderia ter dito o Diabo –, eu pego para mim e os transformo em mágicos. Em lugares mágicos."


Trechos de "O cão" (ou "A vida da menina que não se mexia mais") - novo livro, em abril de 2015 - Editora Sete Letras.

Professor Ítalo Ogliari

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

AGRADECIMENTO AOS LEITORES




Bom dia caros leitores! É com imensa alegria e satisfação que, compartilho minha felicidade com vocês. Pois há um tempo atrás, logo no inicio deste encontro entre crônista(eu) e leitor, através desse meio de comunicação chamado Jornal de Cachoeirinha, tive a oportunidade de participar de um concurso internacional de contos, poesias e crônicas. Onde participei enviando um de nossos textos semanais.
Então meus amigos! Eis que o tempo passou e veio o resultado. Adivinhem, para nossa alegria uma de nossas crônicas ficou em quarto lugar entre tantas outras. Logo, gostaria de agradecer à todos os nossos leitores afirmando, este premio é uma conquista tão minha quanto sua!
Sem mais delongas, vamos relembrar a nossa crônica vencedora!
Muito obrigado e boa leitura!
MEDO (A Busca da Felicidade)
O que nos leva a sentir medo? Ultimamente tenho pensado e repensado muito, sobre essa questão, mas infelizmente não encontro resposta plausível para tal, capaz de espantar todos aqueles receios guardados em nosso interior, e entender a origem desse sentimento, que tanto nos atrapalha na busca da felicidade!
Ainda não criaram um aparelho com a capacidade de diagnosticar os níveis dos nossos medos. Seria algo interessante, poder visualizar e entender a origem desse sentimento que dificilmente admitimos, mas todos conhecem sua existência. Porém não devemos deixar o medo inundar nossos corações, sem que possamos dar um passo à frente em busca da felicidade. Já que, essa é pessoal e não um modelo que possamos copiar de outra pessoa.
O medo existe? Sim, mas de onde vêm? Do que temos medo? De ser feliz? De sofrer? Medo de amar? De ganhar ou perder? Medo de chegar aos trinta, sem estar encaminhado na vida? De ter filhos? Ou será, medo de arriscar no novo? O desconhecido muitas vezes é uma grande barreira, na busca da felicidade. Logo, apenas quem consegue admitir e enfrentar o medo sabe como é ser feliz. Pois não existe coragem sem medo, nem felicidade sem tristeza!
Talvez, o que nos leva a sentir medo, seja: o próprio medo de não aceitar o fato da existência dele em nossas vidas!
Portanto, a busca da felicidade e o medo estarão para sempre em nossas ações, pois cada passo dado representa uma surpresa. E ao final, o novo será nosso eterno receio de não encontrar nossa alegria e sucesso de viver!
Então por que sofrer, buscando a felicidade? Viva de forma justa, que a chegada dela é inevitável!

Ricardo Torquato                                                                                                  
Licenciado em Educação Física – ULBRA Gravataí

sábado, 18 de outubro de 2014

Não sei quantas almas tenho


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SER PROFESSOR: o mestre e o aluno




Existem rumores de que Arqueólogos encontraram durante escavações no Egito, placas, com gravações de 500 anos antes de Cristo, comprovando a existência de um ser com a capacidade intelectual muito acima da média, um verdadeiro Autodidata, dono da mente mais rápida do UNIVERSO. Bem, era assim conhecido entre a comunidade local. Esta quimera ficou imortalizada graças a seu discípulo, o Filósofo coletivo, que escrevia textos sobre as batalhas do cotidiano, através de histórias fantásticas, engraçadas e muitas vezes irônicas.
Nessas gravações estavam marcados dois trechos de uma conversa em que ambos refletiam sobre a importância do professor na vida de todos.
Para o Autodidata: o professor é um ser diferente, meio monstro (ao avaliar) e meio mágico (ao criar atenção ao tema a ser ensinado), que se preocupa mais com o aluno do que ele próprio. Ser professor é ser a obra e ao mesmo tempo o pedreiro, eternamente se reconstruindo, num estado constante de não acabar nunca. Enfim, ser professor é ser artista, de um tipo que não usa pontos finais em suas conclusões, apenas reticências...
Com ideias muito parecidas e conservadoras, seu discípulo Filósofo Coletivo, relata com muito orgulho as façanhas de seu mestre. Assim, descreve os professores como espelhos, que precisam ter o maior cuidado com o que vão projetar aos alunos, pois todo este reflexo é depositado em nossa imagem. Também precisam de muito zelo com a superfície desses espelhos, valorizando de maneira justa e correta a forma, muito além então, do que apenas o conteúdo. São os professores que vem contribuindo para o tão sonhado binômio ensino-aprendizagem, e os arranhões que surgem, ao invés de nublar a imagem, a deixam cada vez mais nítida.
Histórias como estas, baseadas em fatos ou em mitos, nos deixam lições importantes como o respeito pelo outro, a atitude frente ao desafio, boa educação, dedicação em toda atividade e certa quantia de carinho e amizade!
Finalizo com a vontade de tornar esta e outras histórias um pedaço muito interessante de nossa realidade!
Assim homenageamos todos os professores! Pois, apesar de enfrentarem, diariamente, as mais remotas dificuldades, são capazes de desenvolver trabalhos dignos e maravilhosos em nossas escolas e universidades! 

Texto de:
RICARDO TORQUATO
LUCIANO DO AMARAL DORNELLES

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ORGULHO DE SER PROFESSOR

Sempre me deparo com o Dia do Professor com a mesma convicção da importância que este profissional tem na educação de crianças, jovens, adultos e idosos. Claro que esta importância não deve ser recopnhecida apenas no dia 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, infelizmente não é o que vemos ao longo dos demais 365 dias. Minha homenagem a todos os professores que tiveram a ingrata missão de me educar, assim como a todos os colegas de outros tempos e atuais, será num relato de poucas palavras sobre a trajetória que tive como professor de educação física e a missão incansável de educar.

Nos onze anos em que estudei na educação básica, na époa primeiro e segundo graus, sempre fui um daqueles alunos que prestava atenção na explicação da professora (tive poucos professores nessa época, a maioria eram professoras) e depois me dedicava a constantemente chamar a atenção de todos para o que estivesse fazendo. Conversando, contando histórias, desenhando... Somente quando me deparei com o momento de escolha do vestibular é que mo ocorreu: Devia ser professor! Mas de que? Educação Física.

Em janeiro de 1996, fiz o vestibular (primeiro e único felizmente) e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor, foram-se mais quatro anos de estudo, onde, desta vez, sabia que o centro de atenção da sala devia ser o professor. No mesmo ano em que concluí o graduação, prestei concurso para o serviço público e, assim, poderia dar aulas de educação física no Estado do Rio Grande do Sul como professor concursado. No início da carreira, tinha 20 horas de aula na escola, depois mais 20 horas em outra escola e ainda trabalhava numa academia de musculação a noite. Não demorei para perceber que meu tempo útil era escasso... e me comprometi a estudar mais.

Em 2002, insatisfeito com apenas a graduação, resolvi ingressar num curso de Pós-graduação - Especialização em Gestão e Planejamento Escolar - tinha a pretenção de ser diretor de Colégio, e simultaneamente estudei Psicologia do Esporte e Atletismo Escolar. Após concluir a especialização, não cheguei nunca a ser diretor de colégio... mas fui convidado a assumir a Coordenação da Educação Física de toda a Região (cinco municípios) - aceitei, foram cinco anos de coordenação, jogos escolares, treinamentos e reuniões. Paralelamente participei da seleção e fui contratado para iniciar um curso de graduação em Educação Física na ULBRA em Gravataí, eis que em 2005 dei início ao magistério em nível superior.

Em 2010, recebi o convite para assumir a coordenação do mesmo curso, visto minha experiência com a coordenação de Educação Físca e esportes anterior, também aceitei confiante - completo em janeiro de 2015 mais cinco anos de coordenação de curso pronto a enfrentar mais desafios.

Tenho orgulho de ser professor, de ter trabalhado durante doze anos no ensino público estadual, com todos os problemas e limitações, mas que me proporcionou muitas alegrias e amizades. Acabei pedindo afastamento por motivos profissionais, mas fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao trabalho que realizei em todas as escolas por onde passei.

Oro para que Deus, na sua infinita bondade, me dê sempre muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral de todos os alunos, como faço há quase 15 anos. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com Orgulho de ser Professor.

Professor Luciano do Amaral Dornelles

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Era uma vez o Amor...



Era uma vez uma ilha onde moravam os seguintes pensamentos:
A alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.
Um dia, avisaram para os moradores desta ilha que ela seria inundada.
Apavorado, o Amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então falou: Fujam todos, a ilha vai ser inundada!
Todos correram e pegaram seus barquinhos para irem a um morro bem alto.
Só o Amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com sua ilha.
Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.
Lá, estava a Riqueza e ele disse: Riqueza, leve-me com você.
Ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.
Passou então a Vaidade e lhe pediu: Oh! Vaidade, leve-me com você...
Não posso, você vai sujar meu barco.
Logo atrás vinha a Tristeza.
Tristeza, posso ir com você?
Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ficar sozinha.
Passou então a Alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o Amor chamar por ela.
Já desesperado, achando que ia ficar só, o Amor começou a chorar.
Então passou um barquinho, onde estava um velhinho e ele falou: Sobe Amor, que eu te levo.
O Amor ficou radiante de felicidade que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Chegando ao morro alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou a Sabedoria:
Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela respondeu: O Tempo.
O Tempo? Mas porque só Tempo me trouxe aqui?
Porque só o Tempo é capaz de ajudar a entender um Grande Amor!!!

Autor desconhecido

domingo, 5 de outubro de 2014

Porque ser cientista?

Essa é uma pergunta que escuto frequentemente, quando converso com jovens ainda indecisos com relação a qual carreira seguir. Na verdade, o que vejo, e tenho certeza que meus colegas confirmam isso, é que a maioria absoluta dos jovens não tem a menor ideia do que significa ser um cientista ou como se constitui a carreira. Imagino que nem 5% da população brasileiro possa mencionar o nome de 3(ou 1?) cientista brasileiro da atualidade. A questão não é essa constatação, que é óbvia, mas o que podemos fazer para mudar isso.

O primeiro obstáculo é o da invisibilidade. Se ninguém conhece um cientista, fora o que se vê na TV ou no cinema, fica difícil contemplar a possibilidade de uma carreira em ciências. Contraste isso com médicos, dentistas, professores, policiais, profissões que fazem parte da vida dos jovens. Quando um jovem imagina um cientista, provavelmente pensa no programa de TV “The Big Bang Theory”, ou em uma foto do Einstein de língua de fora.

A Solução é a maior visibilidade: é ter cientistas visitando escolas públicas e particulares, incluindo estudantes de pós-graduação e que, na maioria absoluta, têm uma bolsa de estudos do governo. Proponho que, como parte da bolsa, estudantes de mestrado e doutorado devam fazer uma visita ao ano(ou mais se desejarem) a uma escola local para conversar com as crianças sobre o seu trabalho de pesquisa e planos para suas carreiras. Sugiro que seus orientadores façam o mesmo.

Sim, eu faço isso com muita frequencia, tanto no Brasil quanto nos EUA. Pelo menos uma visita ou palestra(às vezes via Skype) por mês. Não tira pedaço e é extremamente útil e gratificante.

O segundo obstáculo é o estigma de nerd. Cientista é o cara bobão, o que não tem nenhum amigo e por isso vira CDF. grande bobagem. Tem cientista de todo jeito, e alguns são nerds, como são alguns médicos, dentistas e policiais, e outros são supercoll, com suas motocicletas, pranchas de surfe e sintetizadores. Tem nerd que é coll. Tem cientista ateu e tem cientista religioso, cientista flamenguista e cientista corintiano, conservador e comunista. A comunidade é tão variada quanto em qualquer outra profissão.

O terceiro obstáculo é o da motivação. Por que fazer ciência? Esse é o mais importante deles, e o que requer mais cuidado. A primeira razão para fazer ciência é ter paixão declarada pela natureza, um desejo insaciável de desbravar os mistérios do mundo natural. Essa visão , sem dúvida romântica, é essencial para muita gente: fazemos ciência porque nenhuma outra profissão nos permite dedicar a vida a entender como funciona o mundo e como nós humanos nos encaixamos no grande esquema cósmico. Mesmo que o que cada um pode contribuir seja, na maioria dos casos, pouco, é o fazer parte desse processo de busca que nos leva em frente.



Existe também o lado útil da ciência, ligado diretamente a aplicações tecnológicas, em que novos materiais e novas tecnologias são postos a serviço da criação de produtos e da melhoria da qualidade de vida das pessoas. Mas dado que a preparação para a carreira é longa– depois da graduação ainda tem a pós com bolsas bem baixas — sem a paixão fica difícil ver a utilidade da ciência como única motivação. No meu caso , digo que faço ciência porque não me consigo imaginar fazendo outra coisa que me faça tão feliz. Mesmo com todas as barreiras da profissão, considero-me um privilegiado em poder pensar sobre o mundo. E poder dividir com os outros o que vou aprendendo no caminho

Créditos e texto: Marcelo Gleiser (Dartmouth College)

Fonte: A Folha de São Paulo

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

OS OLHOS DO RACISMO






Certamente alguma vez na vida, alguém já sofreu algum tipo de bullyng. Sendo ele por raça, crédulo, classe social ou estética. Mas o que qualifica uma piada, como racista? A maneira como esta é contada, ou a forma que a mesma é ouvida?
Brincadeiras racistas são cada vez mais constantes em nosso cotidiano. Mas por quê? Talvez a cada dia que passa, estejamos ficando pouco a pouco menos tolerante com a fala do próximo. Logo, condenamos qualquer forma de comédia, que se mantém viva sem se preocupar ou esconder-se dos olhos do racismo.
Entretanto, jamais julgaremos um palhaço, por fazer algum tipo de piada ou brincadeira para muitos considerada racista e de mau gosto. Porém, se a mesma pessoa retirar a maquiagem para apresentar suas piadas e brincadeiras novamente. Existe uma grande possibilidade de recebermos tais feitos como insultos, e não somente como uma piada ou brincadeira.
Por estes e tantos outros motivos, sempre volto a me questionar: será que o preconceito não está na maneira em que enxergamos e levamos a vida?
Contudo, o racismo existe sim! Mas a verdadeira forma de expressa-lo é, através dos olhos, pois as palavras são apenas complementos de tais tipos de preconceitos!

Ricardo Torquato