terça-feira, 31 de julho de 2012

Acidentes acontecem nas aulas de Educação Física


As aulas de Educação Física têm sido o calcanhar de Aquiles de muita escola, especialmente da rede privada, simplesmente porque as crianças podem se machucar nestas aulas. E isso é óbvio se não houvesse riscos seriam aulas de crochê, culinária ou qualquer outra coisa que exija o mínimo esforço.
Por sorte o Professor de Educação Física, geralmente, é muito criativo e faz adaptações ou opta por jogos e exercícios onde os movimentos amplos acabam sendo evitados, mas faz com que a Educação Física continue na grade e seja amada pelas crianças.
A causa desta situação ambígua são as queixas dos pais destas crianças que se acidentam, sempre tem que haver um culpado quando algo não sai do jeito que eles esperam.
Vamos tentar entender o ponto de vista de cada um:
A criança que se vê liberta daquelas mesas e cadeiras e vai ao encontro do espaço amplo da quadra e fica diante de uma infinidade de possibilidades de movimento, de expressão de si mesma, de aprendizagem motora e de descoberta de habilidades. Isso significa movimento, vida;
O Professor de Educação Física que está no seu, ou melhor, num dos seus ambientes de trabalho, então ele não quer que nada saia errado, principalmente com esta clientela que, geralmente, o recebe com euforia, beijos e abraços. Isso significa que este profissional seria incapaz de negligenciar qualquer uma destas crianças, contudo, infelizmente, tenho que admitir que há profissionais e profissionais, embora eu acredite que o profissional de Ed. Física que atua na área escolar ama crianças e adora o que faz porque se não fosse assim ele teria muitas outras alternativas na área;
A Direção da escola quer que tudo corra bem na sua Empresa e que os seus clientes (pais de alunos) estejam sempre satisfeitos. Isso significa que todo cuidado é pouco com estas crianças, já que a escola é um dos responsáveis pela promoção da aprendizagem e integridade geral destas crianças;
Os clientes (pais ou tutores), estes, na maioria dos casos, são pessoas muito ocupadas que amam suas crianças e que, assim como os outros, não querem que nada de mal aconteça com os seus pequenos. Além disso, é da natureza humana querer responsabilizar outro, pelas coisas que dão errado, esse comportamento é como um mecanismo de defesa que nos dá a falsa sensação de consciência tranquila. Nestes casos, isso significa que os pais nunca têm culpa de nada ruim que aconteça com os seus filhos e que estes sempre são as vítimas.
Mas que tipos de acidentes podem ocorrer e quais são as causas?
As causas, frequentemente, são coisas de criança: empurrões, choques nos deslocamentos, cadarços de tênis desamarrados ou até falta de habilidade motora que pode ser por algum distúrbio psicomotor ou falta de estimulação.
Geralmente as quedas são as responsáveis pelos acidentes mais graves e estas são as ocorrências mais comuns não só na escola, mas em casa também. Os seus efeitos podem variar de um arranhão ou um ralado até uma fratura, luxação ou corte profundo. E como, também, é da natureza humana querer ajudar é neste momento que pode surgir um culpado por danos maiores, então seguem algumas dicas:
Para o professor:
Planeje sempre as suas aulas de acordo com o espaço, o material e o número de crianças;
Jogos onde muitas crianças devem correr ao mesmo tempo e em direções variadas devem ser utilizados, de preferência, para classes a partir do 2º ano do ensino fundamental;
Evite jogos ou atividades muito dinâmicas em espaços pequenos, com colunas ou com objetos como móveis, por exemplo;
As bolas utilizadas devem ser adequadas para a faixa etária;
Nunca subestime o choro de um aluno que diz ter se machucado. E se você desconfiar que foi um acidente grave como uma fratura, luxação, entorse ou ruptura de ligamentos peça para algum aluno chamar o coordenador ou diretor, afaste as demais crianças e não saia de perto do aluno machucado em hipótese alguma, não mexa e não deixe ninguém mexer na criança até que chegue a ajuda especializada como médico da escola, SAMU (192) ou RESGATE (193), além disso, acompanhe o aluno, porque só você poderá relatar o que aconteceu, já que a ocorrência foi na sua aula;
Em caso de acidentes com cortes profundos, é comum acontecer com supercílios e queixo, então se você não sofrer da síndrome vasovagal, o procedimento é quase o mesmo é importante acalmar a criança, que pode se assustar ao ver tanto sangue, deixe a área do corte mais eleva que o restante do corpo e pressione o ferimento com um pano extremamente limpo até chegar o socorro adequado;
Para o gestor escolar:
Em casos assim a sua prioridade é a criança, então o primeiro passo, após chamar ajuda especializada, se for o caso, é comunicar os pais ou tutores;
Só leve a vítima ao hospital em veículo particular se você tiver autorização dos responsáveis por escrito;
Promova para pais, alunos e funcionários cursos de orientação em primeiros socorros;
Todas as áreas comuns da escola devem ter vidros sinalizados, escadas com corrimão e degraus sinalizados com adesivos antiderrapantes e se houver colunas no pátio e na quadra as mesmas devem ser protegidas com material emborrachado, coloque câmeras em todas as áreas da sua escola;
Para os pais:
Ao matricular o seu filho numa escola verifique se esta instituição atende todos os requisitos de segurança na sua estrutura;
Procurar um culpado ou tirar o seu filho da escola não resolverá o problema;
O seu filho pode não ser o santinho que você imagina. Algumas crianças se machucam porque adoram transgredir regras;
Proporcione ao seu filho o máximo de oportunidades motoras possíveis, pois quanto mais habilidades ele desenvolver menos riscos de quedas ele sofrerá.

Postado por Inara da Silva Santos ,     Segunda, 30 Julho 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Educação Física fazendo história


A ideia deste projeto é aproveitar o potencial criativo do acadêmico dos cursos de Educação Física, tanto do bacharelado quanto da licenciatura, matriculados e frequentando o campus da ULBRA em Gravataí. Fazendo História tem como base divulgar a grande capacidade de pesquisa e escrita que docentes e discentes possuem mas que muitas vezes ficam ofuscadas pelas demais capacidades que são inerentes da nossa profissão.
Quando estiver em funcionamento, o projeto vai coletar e analisar todo o material produzido pelos estudantes e professores do curso de Educação Física, sendo então avaliado por uma comissão composta por dois professores, um acadêmico e um funcionário do campus. Estes materiais serão publicados quinzenalmente nos veículos de mídia disponível, cabendo ao final de cada semestre publicar um grande artigo com todos os textos.

Quer participar??

Entre em contato com os colegas:
Ricardo - kadinhocapoeira@hotmail.com
Luciano - lucianopodes@gmail.com
                                                    
Ou poste comentários nos links:
http://www.facebook.com/edfisica.ulbragravatai
http://efiulbragra.blogspot.com

Mais um ciclo que se encerra - Formatura 2012/1

No próximo dia 4 de agosto mais uma turma de acadêmicos estará concluíndo o curso de graduação em Educação Física. Entre Bacharéis e Licenciados, são mais 19 colegas que estarão junto conosco na batalha.

Os seus professores desejam uma profissão de muito sucesso e cheia de desafios. Afinal, o que nos move é a vontade, o que nos motiva é alcançar novas conquistas, o que nos estimula diariamente é a certeza de ter escolhido o melhor lugar do mundo para estar.

Deixo o link para acessar o convite para a cerimônia. Um grande abraço do paraninfo Luciano do Amaral Dornelles.


Esse é o link do convite online!


Parabéns a todos, e de maneira especial aos integrantes da comissão de formatura:

Diego Andreatta;
Franciele Dela Justina;
Patrícia Pires;
Paulo Sérgio.
     

terça-feira, 24 de julho de 2012

Educação Física? É uma das disciplinas mais novas do currículo escolar!

Foi apenas no século 18 que a disciplina entrou, de fato, no currículo. 

Um dos pioneiros foi o educador Johann Bernard Basedow (1724-1790), que em 1774 instituiu na escola-modelo de Dessau, na Alemanha, a prática de exercícios como correr, saltar, arremessar, transportar objetos e trepar. 

Muitas escolas europeias seguiram a mesma trilha - até que, em 1801, a Dinamarca se tornou o primeiro país a exigir o ensino da Educação Física nas escolas públicas. 
Grupo de Pesquisa em Ginástica Geral da FEF, sob a coordenação da Profa. Dra. Elizabeth Paoliello (Grupo e professora da UNICAMP)

No Brasil, a atividade física passou a fazer parte dos programas escolares em 1854 - obra do então ministro do Império Luís Pedreira do Couto Ferraz (1818-1886), ao aprovar um regulamento que incluiu a ginástica nas instituições públicas da cidade do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Turma de Corporeidade e Cultura têm apresentação nesta sexta

Nesta sexta-feira, a professora Simone Klein estará organizando a apresentação da turma de Corporeidade e Cultura.


numa mostra especial, que está planejada como uma das avaliações da G2, os alunos mostram sua criatividade e sua grande capacidade de colocar em prática todo o conhecimento teórico absorvido ao longo do semestre.


terça-feira, 3 de julho de 2012

Antes rivais, videogames se tornam aliados das aulas de educação física


"Pessoal, hoje vamos trabalhar com o videogame", diz o professor Daniel Veras a uma turma de 7.ª série da Escola Estadual Oscar Thompson, em São Paulo. É dia de educação física e o aviso quebra a sonolência da primeira aula da manhã. O tema é atletismo e, em poucos minutos, os alunos disparam perguntas sobre o peso do martelo, a distância viajada pelo dardo e recordes.

Especialistas defendem que não há oposição entre educação e videogames - Nilton Fukuda/AE
Nilton Fukuda/AE

Tradicionalmente vistos como "rivais" da escola, jogos digitais vêm se popularizando como uma ferramenta para educadores e aliados das aulas de educação física ao ajudar alunos a conhecer novos esportes e, de quebra, driblar a falta de recursos para tratar de alguns conteúdos previstos no currículo escolar. Embora com ressalvas, os benefícios são atestados por cientistas. O trabalho encontra respaldo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que garante aos professores liberdade didática.
Foi pesquisando métodos para aplicar conteúdos como saltos e arremessos do atletismo que Veras decidiu inovar - sem deixar as atividades em quadra e o conteúdo da apostila em segundo plano. "Se na escola a gente não tem como vivenciar um salto em altura, arranjamos um jeito", explica. "Os alunos não tinham noção de como funcionavam algumas modalidades e se empolgaram."
A ideia, esclarece Veras, era "suprir a necessidade de materiais e espaço" para aplicar o conteúdo, previsto na apostila, mas teve mais efeitos positivos. "O comportamento melhorou e percebi os alunos mais confiantes."
No Colégio Maxwell, escola particular da zona norte paulistana, o professor Marcos Neves também tira proveito da familiaridade dos alunos com videogames para trabalhar modalidades que vão do futebol de rua à capoeira. Os benefícios, segundo ele, vão muito além do aprendizado. "Alunos que antes se recusavam a participar das dinâmicas de exercícios físicos, mas usaram os jogos, mostraram-se mais sociáveis", observa.
Na escola municipal Raimundo Correia, em São Miguel, na zona leste de São Paulo, o tae-kwon-do foi a porta de entrada dos videogames nas aulas do professor Jorge Júnior. Praticante da arte marcial, ele deu início a um programa cujo conteúdo eram lutas. "Até alunos que não participavam das atividades mostraram maior interesse", nota. "É algo da cultura juvenil, e se a escola exclui essas tecnologias, fica mais distante dos alunos."

Linguagem do aluno. A ideia de introduzir games nas aulas se baseia em pesquisas que estudam a cultura como elemento que influencia o comportamento. Como os professores têm liberdade pedagógica, a ideia é trazer elementos da vida dos jovens à escola, explica Mario Nunes, um dos idealizadores do Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar da USP. Ele lembra que a educação física não trata só do movimento, mas também de colocar jovens e crianças em contato com a teoria e os estudos dos exercícios e esportes.
O presidente do Conselho Federal de Educação Física, Jorge Steinhilber, concorda. "A educação física é confundida com condicionamento e prática de exercícios físicos", diz, explicando que a disciplina não é uma iniciação esportiva, e sim uma "oportunidade para o aluno vivenciar e compreender modalidades. A ferramenta usada vai de acordo com as possibilidades da escola, da comunidade e do professor".
Nunes, porém, alerta: "Os jogos não devem servir apenas como atrativo, e sim conservar o objetivo pedagógico, de debater e ensinar. Inserir um elemento desses no currículo não traz mudança se tiver apenas o objetivo de divertir os alunos".

'Chocolate com brócolis.' Os alunos não podem pensar na escola como um local apenas de diversão, concorda a professora Angela McFarlane, da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha), autora do livro Use of Computer and Videogames in the Classroom (O uso de computadores e videogames na sala de aula, em tradução livre).
Apesar de ser favorável à introdução de ferramentas tecnológicas na educação, ela lembra que o aprendizado deve ser satisfatório - e não apenas divertido. "Aprender demanda tempo, concentração. É um processo que pode ser difícil, mas é como uma recompensa. O ideal é que a criança se sinta satisfeita com o que aprendeu e reconheça isso como algo relevante", analisa.
Como jogar é divertido - e aprender, nem sempre -, ela compara esse aspecto à "psicologia do brócolis com chocolate": se cobrirmos brócolis com chocolate a criança vai comer? Não, porque é ruim. Da mesma forma, os games atraem atenção e concentração das crianças - mas, se mal utilizados, podem não provocar um aprendizado satisfatório, sem resultados efetivos.
Apesar das ressalvas, Angela concorda que jogos e computadores são aliados da educação. No quesito interatividade, ela crê que "não há nada como um videogame" e diz que há evidências de que alguns jogos desenvolvem determinadas habilidades e a capacidade das crianças de resolver problemas.
Mas a professora acredita que o aprendizado é maior quando os alunos são criadores de conteúdos digitais, e não apenas consumidores. "O ideal é envolver os alunos no processo de criação, pois isso os ajuda a explicar sua própria compreensão do mundo e usar isso como meio para compartilhar suas ideias."